sexta-feira, 12 de novembro de 2010

É preciso esmagar o boato!

Quem ainda se recorda dos anos seguintes à Revolução de Abril, não deixará de se recordar da palavra de ordem que dizia: “O boato é a arma da reacção – É preciso esmagar o boato!” Servia isto para dizer que aqueles que querem destruir aquilo que o povo alcança, como as suas regalias, ou que querem apagar a memória de realizações, ou ainda que querem denegrir aqueles que abnegadamente se entregaram à defesa dos interesses das populações, recorrem frequentemente ao boato, ou boatos quando um apenas não surte o efeito pretendido, tentando promover-se mesmo sem trabalho conhecido e com serventia a outros interesses que não os das populações, através de um ataque baixo, desonesto e na maior parte das vezes oculto.
Após lançar a auditoria, com todas as peripécias conhecidas, os elementos do PS de Campolide, pois assim os indícios apontam, inauguraram uma nova campanha espalhando em surdina que os anteriores elementos do executivo teriam desviado documentos da Junta. Pergunta-se: Que elementos? Quais documentos? A que assuntos reportam? É porque a CDU tem todo o interesse em saber de que documentos se trata e quem está a acusar quem do quê. O nosso eleito e anterior Vogal da Junta já foi acusado de gastar gasolina em 4 anos à razão de 7,5 Km percorridos por dia, e por isso mesmo requeremos à junta todos os documentos relativos a isso para juntar à queixa-crime que contra o Sr. Presidente vamos apresentar. Esperemos que não sejam esses os documentos que agora são dados por desaparecidos, uma vez que o Sr. Presidente se referiu aos mesmos como: “ Meras fichas preenchidas, sem qualquer outro suporte documental.” E são precisamente estas que requeremos.
Achamos deveras estranho que se existem documentos desaparecidos só hoje, mais de um mês sobre a apresentação do relatório da auditoria, se dê por isso. Afinal que espécie de auditoria é essa que não detecta documentação desaparecida? E não é uma empresa de vão escada, como notou o Sr. Presidente, afinal recebeu 12.000 € pelo trabalho. Imagina se fosse. Por este caminho, ainda daqui a um ano o executivo da Junta estará a fazer novas descobertas a imputar ao anterior executivo e a justificar a sua incapacidade com extravagantes alegações.
Quem já deveria estar no terreno era a Inspecção Geral da Administração Local – IGAL, a Direcção Geral – DGAL e o Departamento de Investigação e Acção Penal da PJ – DCIAP.
A CDU de Campolide não vai tolerar muito mais tempo a farsa que está montada e se a Junta não entregar com carácter de urgência toda a matéria em apreço a estas instituições do Estado, nós mesmos faremos uma exposição a estas entidades para que venham averiguar todas as alegações e provas. Só assim se esmaga o boato.

Sem comentários: